Há meses o ataque de Israel contra o Irã é tido como iminente. Na quarta-feira, o vice-ministro russo do Exterior Gennady Gatilov mandou o seguinte recado para Israel: “É claro que qualquer possível cenário militar contra o Irã será uma catástrofe para a região e para o sistema de relações internacionais”.
Em grande parte, a certeza desse ataque israelense vem dos Estados Unidos, visto que candidatos republicanos nas primárias à presidência querem ganhar votos com ameaças contra o Irã.
E, de fato, considerável parte do eleitorado estadunidense, maniqueísta até as orelhas, se entusiasma com o combate contra um inimigo nuclear.
O discurso belicista nos EUA ganha força com o lobby judeu em Washington, que aposta no apoio de Barack Obama (afinal, o lobby judeu contribuiu, e muito, para sua vitória). Diários sequiosos por mais essa guerra, como o Wall Street Journal do senhor Rupert Murdoch, também são favoráveis a uma intervenção.
No entanto, Israel não atacará o Irã. De saída, Washington não pretende unir forças com Israel no caso de um conflito com Teerã. E, segundo uma reportagem do New York Times publicada no fim de semana, Israel não tem capacidade militar para atacar o Irã.
Em Washington o consenso é este: diplomacia para evitar um confronto com repercussões graves mundo afora. O general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior, disse para a rede de tevê CNN que uma guerra conta o Irã seria “desestabilizadora e não realizaria os objetivos de longo prazo de Israel”.
Leon Panetta, Secretário da Defesa, concordou que seria um erro tanto para Israel quanto para os EUA. Por sua vez, Tom Donilon, conselheiro de Segurança Nacional, voltou para a capital dos EUA na segunda após ter estado com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Certamente Donilon disse a Netanyahu que Washington não quer uma guerra contra o Irã.
Dempsey, Panetta e Donilon aconselham uma saída diplomática. E Teerã, é claro, também. Suas ameaças são apenas uma reação àquelas dos israelenses e norte-americanos. Teerã disse estar pronta para novas negociações, inclusive com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
De volta de Teerã na quarta, Herman Nackaerts, da AIEA, disse que as negociações não foram conclusivas. No entanto, “o espírito foi construtivo”.
Claro, o Irã não quer sair de negociações de mãos vazias. Terá de ter, por exemplo, o direito de enriquecer urânio. É o mínimo.
Em grande parte, a certeza desse ataque israelense vem dos Estados Unidos, visto que candidatos republicanos nas primárias à presidência querem ganhar votos com ameaças contra o Irã.
E, de fato, considerável parte do eleitorado estadunidense, maniqueísta até as orelhas, se entusiasma com o combate contra um inimigo nuclear.
O discurso belicista nos EUA ganha força com o lobby judeu em Washington, que aposta no apoio de Barack Obama (afinal, o lobby judeu contribuiu, e muito, para sua vitória). Diários sequiosos por mais essa guerra, como o Wall Street Journal do senhor Rupert Murdoch, também são favoráveis a uma intervenção.
No entanto, Israel não atacará o Irã. De saída, Washington não pretende unir forças com Israel no caso de um conflito com Teerã. E, segundo uma reportagem do New York Times publicada no fim de semana, Israel não tem capacidade militar para atacar o Irã.
Em Washington o consenso é este: diplomacia para evitar um confronto com repercussões graves mundo afora. O general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior, disse para a rede de tevê CNN que uma guerra conta o Irã seria “desestabilizadora e não realizaria os objetivos de longo prazo de Israel”.
Leon Panetta, Secretário da Defesa, concordou que seria um erro tanto para Israel quanto para os EUA. Por sua vez, Tom Donilon, conselheiro de Segurança Nacional, voltou para a capital dos EUA na segunda após ter estado com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Certamente Donilon disse a Netanyahu que Washington não quer uma guerra contra o Irã.
Dempsey, Panetta e Donilon aconselham uma saída diplomática. E Teerã, é claro, também. Suas ameaças são apenas uma reação àquelas dos israelenses e norte-americanos. Teerã disse estar pronta para novas negociações, inclusive com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
De volta de Teerã na quarta, Herman Nackaerts, da AIEA, disse que as negociações não foram conclusivas. No entanto, “o espírito foi construtivo”.
Claro, o Irã não quer sair de negociações de mãos vazias. Terá de ter, por exemplo, o direito de enriquecer urânio. É o mínimo.
Fonte: Carta Capital
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