sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Dados do IBGE apontam que população do país cresce rumo ao interior

 
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira os dados de população dos municípios brasileiros --em relação à última medição, em 2010, o Brasil ganhou 3.191.087 novos habitantes, passando a uma população total estimada em 193.946.886 pessoas na data de referência, 1º de julho de 2012.
Os dados mostram que as cidades que mais cresceram no período das três últimas medições (2000-2012) foram aquelas com população entre 100 mil e 500 mil habitantes. Segundo o instituto, esse dado revela "que o dinamismo populacional do Brasil continua seguindo novas rotas, particularmente rumo ao interior".
Não houve mudança na lista dos 15 municípios mais populosos em relação a 2010. As maiores cidades são São Paulo (11,37 milhões de habitantes), Rio (6,39 milhões), Salvador (2,71 milhões), Brasília (2,64 milhões) e Fortaleza (2,5 milhões). Juntos, eles somam 40,75 milhões de habitantes, representando 21,02% da população.
Quando consideradas as regiões metropolitanas, São Paulo mantém-se líder (19,95 milhões de habitantes), seguida do Rio (11,84 milhões), mas Belo Horizonte, com 5,5 milhões de pessoas na região metropolitana, e Porto Alegre (3,99 milhões) assumem as posições seguintes.
Excluindo as capitais, os municípios mais populosos são Guarulhos (1,24 milhão), Campinas (1,09 milhão), São Gonçalo (1,01 milhão), Duque de Caxias (867,06 mil), Nova Iguaçu (801,74 mil) e São Bernardo do Campo (774,88 mil). Com exceção das capitais, os 15 municípios mais populosos somam 11,47 milhões de habitantes, representando 5,92% do total da população do Brasil em 2012.
Já os municípios com população abaixo de 100 mil pessoas tiveram baixas taxas de crescimento -- muitos deles próximos de zero. Borá (SP) e Serra da Saudade (MG), com 807 habitantes cada uma, são as cidades menos habitadas do país, e as duas únicas que possuem menos de mil moradores.
As estimativas populacionais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União na distribuição do dinheiro do Fundo de Participação de Estados e Municípios.
ESTADOS
São Paulo continua sendo o Estado mais populoso, com 41,9 milhões de habitantes (21,6% da população brasileira), seguida por Minas Gerais, com 19,85 milhões (10,23%), e Rio de Janeiro, com 16,23 milhões (8,36%). O Estado de Roraima é o menos populoso, com 469,52 mil habitantes (0,24%), seguido do Amapá, com 698,60 mil (0,36%), e Acre, com 758,78 mil (0,39%). 
FONTE: Folha de São Paulo

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Jovem de 17 anos ganha provas internacionais de física, linguística e astronomia

Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho, 17, é um prodígio.
Entre 13 de julho e 14 de agosto, emendando uma competição na outra, ganhou na Estônia a medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Física, a prata na Olimpíada Internacional de Linguística, na Eslovênia, e no Rio, a prata na Olimpíada Internacional de Astronomia.
O garoto disputou com a elite dos estudantes do planeta. A prova individual de linguística, uma das mais interessantes, exigiu a resolução de problemas a respeito de cinco línguas: dyirbal, umbu-ungu, teop, rotuman (diferentes idiomas da Oceania) e basco (da região espanhola). A prova em grupo versou sobre o tai-kadai, do sudeste asiático e do sul da China.
Antes que alguém se assuste, Ivan já explica: "Não, eu não tinha de conhecer essas línguas previamente". Ah!


O estudante Ivan Antunes, 17, com medalhas após ganhar Olimpíadas de física, astronomia e linguística
O estudante Ivan Antunes, 17, com medalhas após ganhar Olimpíadas de física, astronomia e linguística

"É competição de lógica. Você tem de perceber os padrões do uso da língua." Uma questão clássica: fornecem-se ao estudante duas listas, uma com frases em uma língua desconhecida; outra, uma lista de traduções. "Só que elas não estão ordenadas e uma das traduções está errada", diz Ivan. O desafio é descobrir qual tradução está errada, fazer a correspondência das traduções e apontar o erro da tradução.
A medalha de prata que Ivan trouxe é a primeira conquistada pelo Brasil na história dessa competição.
Filho de médicos de Lins (429 km de São Paulo), Ivan começou a disputar olimpíadas na quinta série. Com 14 anos, foi sem os pais para o Azerbaijão participar de sua primeira prova internacional.
Visitou dez países graças às competições. A viagem para a Disney com a família estava marcada, mas, na mesma data, apareceu uma semana de matemática em São José do Rio Preto (443 km de São Paulo). Adeus, Disney.
SOLTEIRO
Hoje, Ivan vive em São Paulo, em uma pensão vizinha ao Colégio Objetivo Integrado, onde estuda. Está "solteiro", diz. A família mora em Lins.
Ivan não se acha superdotado. "Qualquer pessoa que se dedique como eu conseguirá resultados iguais." A memória também não é excepcional. "Costumo esquecer os nomes das pessoas."
O segredo do sucesso? "Ser um campeão olímpico depende de curiosidade, planejamento, interesse e dedicação verdadeira", afirma.
O dia começa às 7h10, quando entra na escola. Vai até as 12h50, saída das aulas. À tarde, o jovem estuda por até seis horas. Mas têm dias em que o esforço se limita a ler 20 páginas de algum livro.
Sem rotinas férreas, recomenda que se tracem objetivos claros. "Tipo: quero acabar esse livro até tal data. Algumas metas têm de ser de longo prazo. Para ir à Internacional de Física, comecei a estudar um ano e meio antes."
Para aqueles que se acham modelos de dedicação infrutífera, Ivan tem duas hipóteses: "Ou são pessoas que pensam que se dedicam, mas não se dedicam tanto, ou se dedicam usando estratégias de aprendizado inadequadas."
Ele dá um exemplo de "estratégia inadequada". Durante o treinamento para a Olimpíada de Linguística, Ivan percebeu que estava estagnado. "Os professores diziam que deveríamos conhecer as teorias antes, mas para mim não funcionou."
Em vez de desistir, o jovem criou seu próprio método. "Para mim, foi muito melhor fazer as provas passadas, lendo a resolução e anotando todos os pontos importantes."
A lição que extraiu: "Existem estratégias que funcionam para algumas pessoas, e outras que funcionam para outras. Você tem de descobrir a que funciona para você".
Ivan se preocupa com a fama de "egoístas" que cerca alunos "olímpicos" como ele. Há dois anos, mantém com amigos o endereço www.olimpiadascientificas.com, com dicas de estudos. "Também tiramos dúvidas", diz. "É nossa forma de ajudar."
O menino que pensa em estudar em Harvard, Oxford, Princeton, MIT ou Cambridge - "As suas chances de ser aceito aumentam muito se você vencer uma olimpíada internacional", escreveu ele no site- não tem ainda a menor ideia de qual carreira seguirá. "Eu gosto de tudo, não consigo decidir o que fazer." 
Fonte: Folha de São Paulo

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Bons estudos e forte abraço! Professor Hugo Morais

terça-feira, 28 de agosto de 2012

UFPE abre inscrição para cursos de educação a distância

Estão abertas, a partir de segunda-feira (27), até 6 de setembro, inscrições para vestibular de três cursos a distância da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Há 1.020 vagas nas seguintes graduações: licenciatura em letras/língua portuguesa (300 vagas); licenciatura em letras/língua espanhola (420) e licenciatura em matemática (300).
Os polos presenciais ficam nas cidades de Recife e Olinda, na Região Metropolitana; Limoeiro, na Zona da Mata; Garanhuns, Pesqueira e Surubim, no Agreste; Tabira, Trindade e Petrolina, no Sertão. Nesses municípios será aplicado vestibular.

A inscrição custa R$ 70 e deve ser feita apenas no site da Comissão do Vestibular (Covest), no endereço www.covest.com.br. As provas serão numa única etapa, dia 23 de setembro. Haverá redação e teste com 50 questões objetivas de disciplinas diversas, conforme o curso que o candidato estará concorrendo. As aulas começarão no dia 16 de outubro.
Fonte: JC online

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Brasil é 22º em medalhas e pode ser pior por equipe, PIB ou população

  
OBS: A chage não foi tirada da reportagem da FOLHA DE SÃO PAULO. Ela é uma ilustração feita de forma associativa.

O 22º lugar no quadro final de medalhas de Londres já não foi nada brilhante. Mas muito pior foi o Brasil na Olimpíada de 2012 se levado em conta o tamanho da sua delegação, da sua população e da sua economia.
Mesmo com um aumento de 44% nos repasses da Lei Piva, a principal verba de financiamento do esporte no país, o Brasil só aumentou em dois pódios (uma prata e um bronze) seu desempenho em relação a Pequim-2008.
O que significa um aumento de 13% nas premiações, suficiente para fazer a sede dos próximos Jogos subir só uma posição no quadro geral. Mas, de força intermediária no número absoluto de pódios, o Brasil vira "turma do fundão" quando se verifica sua produtividade.
Em um ranking com a divisão do número de atletas inscritos pelo número de pódios, o Brasil ficaria em 51º lugar entre os 85 países que ganharam medalhas em Londres.
Foram 258 brasileiros nos Jogos. Entre os países que mandaram aos menos 200 atletas, só Canadá e Polônia foram menos premiados.
Pior ainda é a colocação do Brasil nos rankings de produtividade por tamanho da população e pelo PIB (produto interno bruto). No primeiro, o país seria apenas o 68º, e, no segundo, o 70º. Tanto em população quanto no tamanho da economia o Brasil está entre os dez maiores do mundo.
Com a exceção das potências Estados Unidos e China, nenhum país que terminou a Olimpíada de Londres com mais medalhas do que o Brasil tem uma população maior do que a brasileira.
Oito nações que superaram o Brasil têm menos de 20 milhões de habitantes, ou população menor do que a residente na Grande São Paulo. Mesmo decadente esportivamente e com um PIB que não chega a 2,3% do brasileiro, Cuba ficou sete posições à frente no quadro, com duas medalhas de ouro a mais.
A equipe enviada pelo COB não pode se orgulhar de formar um time competitivo na maioria das modalidades. O Brasil subiu ao pódio em oito esportes diferentes, número idêntico ao registrado em Pequim, há quatro anos.
A Espanha, que ganhou as mesmas 17 medalhas que o Brasil, foi premiada em 11 modalidades diferentes. A equipe nacional não teve o gosto de ganhar uma medalha no mais nobre dos esportes olímpicos.
No atletismo, só quatro dos países que ficaram à frente do Brasil --Coreia do Sul, Holanda, Coreia do Norte e Espanha-- não medalharam no atletismo. Na natação, os brasileiros ficaram sem ouro.
Nas duas modalidades, assim como na vela, o número de finais disputadas por atletas brasileiros caiu.
Fonte: Folha de São Paulo

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

40% dos índios vivem fora das terras indígenas

Quatro em cada dez índios brasileiros vivem fora das terras indígenas reconhecidas pelo governo, apontam dados do Censo 2010 divulgados nesta sexta-feira. O País tem 896,9 mil índios (0,47% da população brasileira) divididos em 305 etnias e que falam 274 línguas diferentes. O resultado surpreendeu os técnicos do IBGE, que partiram de informações preliminares da existência de 220 a 225 etnias e 180 línguas.
Pela primeira vez, o IBGE fez o raio x do território indígena. Quase 380 mil índios (42,3% do total) vivem fora de terras próprias e 517,3 mil (57,7%) ocupam as 505 terras demarcadas, equivalentes a 12,5% do território brasileiro. Foram pesquisadas as terras regularizadas até dezembro de 2010.
Maior etnia. Também é inédito o mapeamento das etnias e das línguas indígenas. A etnia Tikuna, que se concentra no Amazonas, especialmente na área do Alto Solimões, com presença também na periferia de Manaus, é a mais numerosa do País, com 46 mil habitantes, a grande maioria (85,4%) moradora de terras indígenas. Em segundo lugar estão os Guarani Kaiowá, de Mato Grosso do Sul, com 43,4 mil habitantes, sendo 81,2% instalados em terras próprias. Os técnicos do IBGE encontraram 250 etnias diferentes entre os indígenas que vivem em terras próprias e 300 entre os que estão fora.
A análise das 505 terras indígenas regularizadas mostra que seis delas têm população de mais de 10 mil índios. A terra mais populosa é a Yanomami, localizada nos Estados de Amazonas e Roraima, e que reúne 25,7 mil indígenas. Em segundo vem Raposa Serra do Sol, em Roraima, com 17 mil índios
O Censo 2010 mostra que apenas 37,4% da população indígena fala alguma língua nativa. Entre os que vivem dentro das terras indígenas, a proporção sobe para 57,3%, mas na população que vive fora desses territórios apenas 12,7% dominam uma língua indígena. Existem ainda 16,3% de indígenas que não falam português. Nas terras indígenas, 27,9% dos moradores não falam português e fora das terras, apenas 2%. Pacheco estranhou o baixo porcentual de indígenas que falam línguas nativas. 
Fonte: Jornal O Estadão

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Senado aprova política de cotas em universidade federais

A política de cotas para ingresso nas universidades e escolas técnicas federais foi aprovada pelo Plenário do Senado na noite desta terça-feira (8). O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 180/2008, que assegura metade das vagas por curso e turno dessas instituições a estudantes que tenham feito o ensino médio em escolas da rede pública, foi aprovado em votação simbólica e agora segue para sanção presidencial.
Pelo projeto, pelo menos 50% das vagas devem ser reservadas para quem tenha feito o ensino médio integralmente em escola pública. Além disso, para tornar obrigatórios e uniformizar modelos de políticas de cotas já aplicados na maioria das universidades federais, o projeto também estabelece critérios complementares de renda familiar e étnico-raciais
Dentro da cota mínima de 50%, haverá a distribuição entre negros, pardos e indígenas, proporcional à composição da população em cada estado, tendo como base as estatísticas mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A política de cotas tem validade de dez anos a contar de sua publicação.
A medida foi defendida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que informou que, de cada dez alunos do país, apenas um estuda em escola privada. Ou seja, o projeto beneficiaria a ampla maioria dos estudantes brasileiros. A senadora Ana Rita (PT-ES) também saiu em defesa da proposta, garantindo que o projeto faz “justiça social com a maioria da população brasileira”.
Já o senador Pedro Taques (PDT-MT) citou os Estados Unidos como exemplo bem-sucedido da política de cotas nas universidades. Ele disse que o país, que era extremamente racista em um passado próximo, após adotar a política de cotas raciais nas universidades, tem agora um presidente negro. Para o senador, no Brasil é preciso adotar ações afirmativas para assegurar oportunidade a todos. 
PERDA DE AUTONOMIA - O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) reprovou a iniciativa sob o argumento de que “impõe camisa de força” a todas as universidades federais brasileiras, ao ferir sua autonomia de gestão. Além disso, argumentou o senador, para que o ensino superior seja de qualidade, é preciso adotar um critério de proficiência, ou seja, que os alunos que ingressem na instituição tenham notas altas.
Outra crítica do senador ao projeto é a exigência de que as vagas para cotas raciais, por exemplo, sejam proporcionais ao contingente de negros ou índios existentes no estado onde se localiza a instituição de ensino.
Aloysio Nunes observou que um negro inscrito em uma universidade de Santa Catarina disputaria um número menor de vagas do que outro estudante, também negro, mas inscrito em uma instituição da Bahia. Aloysio Nunes foi o único senador a votar contrariamente ao projeto em Plenário.
Fonte: JConline