Nos próximos meses, São Paulo terá a oportunidade de discutir a última grande oportunidade de se tornar numa metrópole habitável. Trata-se do projeto Operações Urbanas, no qual estão envolvidos, além da prefeitura, as principais associações profissionais e Organizações Não Governamentais (ONGs) que trabalham o tema das cidades.
O projeto visa reurbanizar cinco áreas imensas, as últimas que restam na cidade.
Somando, são 40 milhões de m2 em plena cidade, para serem recicladas com conceito de nova cidade, convivendo comércio, serviço e habitação no mesmo lugar, com qualidade para pedestres, ciclistas.
Se mantido o padrão atual de urbanização – deixando por conta do mercado imobiliário, sem nenhuma espécie de regramento – repetir-se-ão os mesmos erros históricos da cidade: espaço apenas para classes de maior renda e para o comércio, expulsando para longe toda a mão de obra empregada na região – seja no comércio, nos prédios ou nas residências.
Se bem planejado, poderá se constituir em um novo modelo civilizatório para as grandes metrópoles brasileiras.
Do lado da prefeitura, o responsável pelo projeto é Miguel Bucalem, Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e um dos muitos politécnicos que o prefeito Gilberto Kassab trouxe para a prefeitura.
Em São Paulo existe escassez de terrenos. Há a necessidade de produtos imobiliários para a cidade crescer. Mas a cidade tem reservas estratégicas, especialmente em torno de ferrovias.
O papel da prefeitura será, então, coordenar grupos de discussão que consubstanciem o projeto final.
Duas das maiores áreas estão nas margens da ferrovia.
Uma delas é a que se estende da Lapa ao Braz, sendo atendida pelas linhas 7 e 8 da CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos). De um lado da linha, há áreas bem ocupadas, como Pompéia e Perdizes. Entre a Marginal Tietê e a ferrovia, áreas subutilizadas, com padrão de ocupação industrial e densidade de 20 habitantes por hectare – contra 60 na Lapa, podendo ir a 200.
A solução proposta será enterrar a ferrovia de superfície abrindo espaço para a revitalização da área.
A outra área será da Mooca até a fronteira com São Caetano, região de industrialização antiga ocupada por galpões industriais, muitos dos quais inativos.
A ideia será revitalizar vários córregos, abrir e criar corredores ambientais resolvendo problemas de drenagem, criando novas áreas verdes.
Outro grande desafio será o projeto da Nova Luz. Pela concepção inicial da gestão Serra, criavam-se facilidades para investimentos imobiliários – inclusive direito do vencedor da licitação em desapropriar – sem nenhum plano urbanístico que regrasse a ocupação.
Agora, a Nova Luz terá definições que obrigarão os vencedores a mexer o mínimo possível com quem já está instalado e a providenciar moradias de interesse social, como contrapartida às moradias de médio e alto luxo que forem levantar.
Independentemente das intenções anunciadas, o importante será o acompanhamento estreito da população das decisões a serem tomadas.
O projeto visa reurbanizar cinco áreas imensas, as últimas que restam na cidade.
Somando, são 40 milhões de m2 em plena cidade, para serem recicladas com conceito de nova cidade, convivendo comércio, serviço e habitação no mesmo lugar, com qualidade para pedestres, ciclistas.
Se mantido o padrão atual de urbanização – deixando por conta do mercado imobiliário, sem nenhuma espécie de regramento – repetir-se-ão os mesmos erros históricos da cidade: espaço apenas para classes de maior renda e para o comércio, expulsando para longe toda a mão de obra empregada na região – seja no comércio, nos prédios ou nas residências.
Se bem planejado, poderá se constituir em um novo modelo civilizatório para as grandes metrópoles brasileiras.
Do lado da prefeitura, o responsável pelo projeto é Miguel Bucalem, Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e um dos muitos politécnicos que o prefeito Gilberto Kassab trouxe para a prefeitura.
Em São Paulo existe escassez de terrenos. Há a necessidade de produtos imobiliários para a cidade crescer. Mas a cidade tem reservas estratégicas, especialmente em torno de ferrovias.
O papel da prefeitura será, então, coordenar grupos de discussão que consubstanciem o projeto final.
Duas das maiores áreas estão nas margens da ferrovia.
Uma delas é a que se estende da Lapa ao Braz, sendo atendida pelas linhas 7 e 8 da CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos). De um lado da linha, há áreas bem ocupadas, como Pompéia e Perdizes. Entre a Marginal Tietê e a ferrovia, áreas subutilizadas, com padrão de ocupação industrial e densidade de 20 habitantes por hectare – contra 60 na Lapa, podendo ir a 200.
A solução proposta será enterrar a ferrovia de superfície abrindo espaço para a revitalização da área.
A outra área será da Mooca até a fronteira com São Caetano, região de industrialização antiga ocupada por galpões industriais, muitos dos quais inativos.
A ideia será revitalizar vários córregos, abrir e criar corredores ambientais resolvendo problemas de drenagem, criando novas áreas verdes.
Outro grande desafio será o projeto da Nova Luz. Pela concepção inicial da gestão Serra, criavam-se facilidades para investimentos imobiliários – inclusive direito do vencedor da licitação em desapropriar – sem nenhum plano urbanístico que regrasse a ocupação.
Agora, a Nova Luz terá definições que obrigarão os vencedores a mexer o mínimo possível com quem já está instalado e a providenciar moradias de interesse social, como contrapartida às moradias de médio e alto luxo que forem levantar.
Independentemente das intenções anunciadas, o importante será o acompanhamento estreito da população das decisões a serem tomadas.
Fonte: Carta Capital
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