quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

‘Um regime sem legitimidade busca se precaver contra o povo’

Desde as intensas manifestações populares após as eleições presidenciais de 2009, o regime iraniano tem aumentado a repressão contra a mídia, ativistas de direitos humanos, minorias religiosas e étnicas e manifestantes antigoverno. É o que aponta um relatório da organização Anistia Internacional, para quem o cenário de tolhimento da liberdade de expressão piora drasticamente conforme a eleição parlamentar, a ser realizada em 2 de março, se aproxima.
O levantamento “We are ordered to crush you”: Expanding Repression of Dissent in Iran (“Somos ordenados a reprimí-lo”: Aumentando a repressão a dissidentes no Irã, em tradução literal), aponta uma escalada nas prisões de indivíduos críticos ao governo nos últimos meses, Segundo a Anistia Internacional, o regime vem alterando o Código Penal do país para tornar manifestações, debates públicos e a formação de grupos e associações vistas como “ameaça à segurança nacional” passíveis de longa penas de prisão e até mesmo condenações à morte.
Reginaldo Mattar Nasser, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e especialista em relações internacionais, afirma que o governo autoritário do presidente Mahmoud Ahmadinejad vem perdendo legitimidade e tenta garanti-la ao valer-se, por exemplo, de tensões internacionais com Israel e EUA para se fortalecer internamente.
“O regime utiliza-se de mecanismos internos para coibir possíveis manifestações em uma atitude comum, pois todo governo em crise de legitimidade teme as reações da população e busca se precaver”, diz.
Preocupado com uma possível repetição dos vazamentos de vídeos da repressão na internet em 2009 e com o uso de redes sociais para organizar passeatas, o Irã estabeleceu a Polícia Cibernética. O novo órgão, afirma o levantamento, exigiu que os donos de cyber cafés instalassem câmeras de vigilância e registrassem a identidade de clientes antes de permitir que usem os computadores, para facilitar o reconhecimento de possíveis críticos do regime.
Além disso, há medidas para limitar o acesso à internet e penalizar, com duras sentenças, indivíduos que escrevam em sites ou blogs pessoais. O blogueiro Mehdi Khazali, aponta a Anistia, foi sentenciado em fevereiro deste ano a quatro anos de prisão, seguido de um período de 10 anos em “exílio interno” (ele não pode sair do país), além de multas por acusações como “espalhar propaganda contra o sistema” e “insulto a oficiais”.
De acordo com o pesquisador, a tentativa de controle de informações capazes de chegar a exilados em outros países demonstra que o governo tenta se fechar a interferências e à relação com o exterior, limitando o acesso da sociedade civil a esse universo. “Isso indica a complexidade de elementos envolvidos na sociedade iraniana e seu governo, que vão além da definição de um regime autoritário.”
Para o analista, a criação de leis para atender aos interesses de Teerã é típica de “qualquer governo autoritário, independentemente de ser secular ou teocrático”. “Temos o exemplo do próprio Brasil, não há nada de novo nestas atitudes para um regime deste tipo.”
Em meio ao tolhimento da liberdade de expressão e encarceramento de indivíduos a agir contra as definições do governo, Nasser acredita que uma crítica em tom de coerção da comunidade internacional, focada principalmente na figura dos EUA, seria vista por Teerã como um princípio intervencionista e poderia apresentar efeito adverso. “Isso não quer dizer que os países não possam se manifestar individualmente contra esse movimento.”
“Sanções econômicas também não são uma opção, pois prejudicam mais a sociedade que o governo”, completa.

Fonte: Carta Capital

As DEZ PROFISSÕES que mais trazem felicidade




O que define a felicidade na carreira? Seria a satisfação no emprego proporcional ao salário? De acordo com uma lista publicada pela Forbes, empregos que pagam mais não são aqueles que mais trazem felicidade para o profissional.
O ranking, elaborado por pesquisadores da Universidade de Chicago, nos EUA, aponta as dez profissões que mais trazem felicidade.
Nas primeiras posições estão, curiosamente, profissões com fama de não serem bem remuneradas, como de professores e artistas.
Confira:
As dez profissões mais felizes
1. Clérigos (padres ou pastores)

2. Bombeiros

3. Fisioterapeutas

4. Escritores

5. Professores de educação especial

6. Professores

7. Artistas

8. Psicólogos

9. Vendedores de serviços financeiros

10. Operários ou “engenheiros de operação”

Fonte: Guia do estudante

Série Profissões! Escolha a próxima profissão! É só fazer um comentário pedindo a profissão que você quer conhecer.

Geografia - Bacharelado
É a ciência que estuda a superfície, o clima e a vegetação do planeta e sua ocupação pelo homem. O geógrafo estuda o solo, o relevo, o clima, a distribuição das águas e a vegetação da Terra. Também analisa a organização das populações e sociedades, sua relação com o ambiente e a ordenação social e econômica de espaços urbanos e rurais. Elabora planos diretores de municípios e diagnósticos para a redução do impacto ambiental em regiões poluídas ou ameaçadas pela construção de grandes obras. Com dados recolhidos por satélites e radares, confecciona e interpreta mapas, diagnosticando fenômenos, como a desertificação, a erosão de solos, o desmatamento e o avanço dos oceanos sobre a faixa litorânea.
O mercado de trabalho
"Antes o destino do geógrafo era fazer licenciatura e ir direto para as salas de aula. Hoje nossos egressos do bacharelado também encontram lugar em empresas de planejamento territorial e ambiental, geoprocessamento e monitoramento remoto", afirma Vera Lúcia dos Santos Plácido, coordenadora do curso da PUC-Campinas. Nesse caso, as vagas estão em empresas de engenharia e em multinacionais dos setores de mineração e petróleo. O mercado de trabalho é favorável, portanto, tanto para quem faz licenciatura como para aquele que opta pelo bacharelado. Na educação, o licenciado encontra boas chances de emprego em escolas de Ensino Fundamental e Médio. Como várias regiões do país são carentes desse docente, muitas vezes as vagas são preenchidas por profissionais de áreas afins. Para o bacharel, a procura parte principalmente de prefeituras, órgãos públicos e empresas privadas de consultoria. Outra demanda vem de ONGs e centros de pesquisa que exercem atividades no campo da preservação ambiental. Editoras que publicam livros didáticos e revistas da área também têm procurado o bacharel para trabalhar como consultor e revisor técnico. As regiões Sul e Sudeste concentram o maior número de vagas e os melhores salários. Salário inicial: R$ 950,00 (professores de ensino fundamental II da rede pública estadual, sem gratificações, por 24 horas semanais; fonte: Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo); R$ 3.060,00 (6 horas diárias; fonte Crea-SP).
O curso
Nos primeiros anos, o aluno estuda disciplinas das áreas da geografia física, humana, regional e instrumental (cartografia, sensoriamento remoto e geoprocessamento). Ele inicia o curso com as matérias básicas de cada área, podendo agregar conhecimentos específicos por meio da escolha de disciplinas eletivas. Muitas graduações direcionam a formação para um setor específico de atuação, como meio ambiente ou climatologia. Em algumas escolas, você opta, já no vestibular, entre o bacharelado e a licenciatura, enquanto outras permitem que a escolha seja feita após o aluno ter cursado as disciplinas comuns às duas titulações. Na licenciatura, o curso pode receber o nome de Estudos Sociais (geografia). Duração média: quatro anos. Outros nomes: Ciên. Hum. (geog.); Est. Soc. (geog.); Geog. (cartografia); Geog. (meio amb.); Geog. e Análise Amb.; Geog. e Meio Amb.



O que você pode fazer
Cartografia digital
Fazer mapas com base em imagens captadas por satélites.
Ecoturismo
Elaborar roteiros, organizar e guiar excursões em parques e áreas de preservação ambiental.
Ensino
Com licenciatura, dar aulas no Ensino Fundamental, Médio ou em cursinhos pré-vestibulares.
Geografia humana
Estudar as questões sociais, econômicas e políticas de grupos, sociedades e nações.
Geopolítica
Pesquisar a organização social, política e econômica de países e regiões.
Geoprocessamento
Elaborar mapas e bancos de dados geográficos com a utilização de softwares específicos.
Planejamento agrícola e urbano
Desenvolver a estratégia de ocupação de uma região com o mínimo de impacto sobre o meio ambiente.
Sensoriamento remoto
Analisar imagens de satélites e fotografias aéreas para a preparação de mapas e o levantamento de dados de solo, relevo, recursos hídricos, vegetação, clima e densidade de ocupação de áreas, cidades e regiões.

Fonte: Guia do estudante

Aula 1 - Introdução a Sociologia

Baixe a 1º Aula de Sociologia.


Forte abraço e bons estudos.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Confira 9 dicas para organizar o horário no ano do vestibular

As aulas já começaram e com elas a preocupação com os estudos para o vestibular. Como será que devo organizar a minha rotina? Quantas horas por dia preciso estudar? Posso folgar nos finais de semana? Dá para trabalhar e estudar ao mesmo tempo?
De acordo com coordenador do curso pré-vestibular Anglo, de São Paulo, Alberto Francisco do Nascimento, a primeira medida que o estudante deve fazer é montar um cronograma diário de estudos. "Faça uma tabela dividindo a semana de segunda-feira a domingo e coloque os horários de aula, estudo e descanso", explica o coordenador.
Manter essa rotina de estudos é o ideal para conseguir bons resultados nos vestibulares. Além disso, para o professor Alberto, também é fundamental descansar. "O ideal é que o aluno estude até às 21h45 e esteja na cama às 22h, para que ele tenha um sono tranquilo, para acordar bem disposto e assistir as aulas com concentração", comenta.
Veja a seguir as principais dicas para manter a rotina e a disciplina dos estudos em ano de vestibular.

Aula dada é aula estudada Se você faz cursinho de manhã, a dica é estudar sempre a aula que teve no dia. "Após as aulas, é necessário que o estudante estude as matérias que teve. Não deixe nenhuma matéria para depois", diz o coordenador do Anglo.

Estude até o começo da noite Para quem vai no cursinho pela manhã, o melhor é começar a estudar às 15h e manter os estudos até às 19h. Depois disso, tire uma hora, de preferência antes da janta, para ler jornais e revistas.

Estude de segunda a sábado O estudante que consegue manter uma rotina de estudos de segunda a sexta, deve aproveitar o sábado para revisar o conteúdo visto durante a semana. O domingo deve ser de descanso. Já para aqueles que trabalham e fazem cursinho a noite, ou vão à escola pela manhã e ao cursinho à tarde, deve aproveitar o final de semana para estudar a matéria que teve durante a semana no curso pré-vestibular.

Não deixe de fazer redações Tente escrever uma redação por semana. "Se o estudante não está na escola ou cursinho, peça para um amigo ou familiar ler o texto, para apontar possíveis erros e acertos", comenta Alberto do Nascimento.

Resolva provas de vestibulares antigos A partir do segundo semestre, o estudante pode, uma vez por semana, resolver, destinar até duas horas por dia para fazer questões de vestibulares passados.

Revise o conteúdo perto dos vestibulares De acordo com o coordenador Alberto, a revisão para o vestibular deve ser feita de 3 a 4 semanas antes das primeiras fases das provas. A revisão para a segunda etapa deve ser feita assim que o candidato souber do resultado da primeira etapa do processo seletivo que está participando.

Simulados o dia da prova O ideal é que o vestibulando faça um simulado por mês. "Além de medir o seu conhecimento e saber as principais dúvidas, com o simulado o estudante também treina a situação de prova", explica Alberto. Mesmo para quem estuda em casa, dá para simular. Baixe provas antigas e tente representar um dia de prova em casa.

O ato de estudar é solitário O estudante precisa de um lugar calmo para estudar, sem interferências externas. Muitas vezes ficar em casa pode atrapalhar, por isso é recomendável que o estudante fique na escola, no cursinho ou em alguma biblioteca pública, para garantir a concentração.

Mantenha uma atividade física regular É importante que o vestibulando separe uma hora do seu dia, de duas a três vezes por semana, para exercícios físicos. "Aconselho que o estudante mantenha a cabeça voltada 100% para os estudos. Deixe de fazer algumas atividades extras, como ballet ou música. Só mantenha, regularmente, uma atividade física", comenta o coordenador.
Fonte: Guia do Estudante

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Como disputa entre a Argentina e o Reino Unido pelas Ilhas Malvinas pode cair no vestibular



A Guerra das Malvinas foi um rápido conflito entre Reino Unido e Argentina pelo domínio das Ilhas Malvinas. O confronto começou em abril de 1982, quando o ditador argentino Leopoldo Galtieri, aproveitando uma briga histórica entre os dois países pelo território ocupado pelos ingleses desde 1883, invadiu a região.
- Entenda como a reintegração de posse de Pinheirinho pode cair no vestibular
Na época, a Argentina vivia em um regime de ditadura militar que estava em crise e a ideia de Galtieri era trazer um sentimento nacionalista à população. O que o ditador não contava era com a reação inglesa, que enviou às Malvinas uma força-tarefa com 28 mil combatentes – quase três vezes o tamanho da tropa rival. Em apenas três meses, os militares argentinos se renderam e a batalha acabou.
Contudo, em janeiro deste ano, trinta anos depois, o conflito voltou a ganhar destaque no noticiário de todo o mundo. E fique atento, porque a retomada do assunto não tem nada a ver com a data comemorativa. Desde o fim da guerra, a Argentina insiste pela soberania da Ilha e a questão entrou na pauta da presidente Cristina Kirchner no começo do ano. A postura da presidente foi considerada como “colonialista” pelo premiê britânico, David Cameron, que afirma que os moradores do arquipélago querem continuar sendo britânicos.
Mas a discussão ganhou mais espaço após a acusação de Kirchner sobre a militarização da região pelos britânicos. A denúncia foi feita após o Reino Unido enviar um navio de guerra, o destroier MS Dauntless, o mais moderno de sua frota naval, para a região. De acordo com David Cameron, o envio do navio faz parte das “manobras de rotina” que a Marinha Real britânica faz a cada seis meses. O que também incomodou o governo argentino foi o treinamento de seis semanas que o príncipe Willian fará nas Malvinas.
A discussão foi levada pela presidente da Argentina para a Organização das Nações Unidas (ONU) e o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, se disse esperançoso de que os dois países possam conversar e evitar mais tensões em torno da disputa.
As Ilhas Malvinas e o vestibular
Mas, afinal, toda a discussão atual em torno do domínio das Ilhas Malvinas pode mesmo cair no vestibular? Para o professor de atualidades e história, Samuel Loureiro, do Cursinho do XI, de São Paulo, sim! De acordo com Samuel, os estudantes devem ficar atentos aos momentos políticos que viviam os dois países na década de 1980 e o motivo deles terem entrado na Guerra das Malvinas.
“Em 1982, a Argentina, que vivia em uma ditadura militar, passava por uma crise econômica e governo teve que tomar algumas medidas que deixaram a população descontente. Para mudar essa situação, o ditador Leopoldo Galtieri pensou em reacender o orgulho nacional no país”, explica Samuel. Ao que parece, a invasão de um território que os argentinos diziam ser historicamente deles era a oportunidade certa. Mas, a estratégia deu errado. Para tentar vencer a guerra, a Argentina gastou muito dinheiro, deixando o país em uma crise maior.
O Reino Unido também vivia um momento ruim. Na década de 1980, a economia da região estava em recessão e o desemprego era grande. “No ano da guerra, o Reino Unido passava por eleições e, por conta da crise, os britânicos queriam um governante que mostrasse firmeza. E foi o que a premiê Margareth Thatcher, que concorria à reeleição, demonstrou ao não abrir mão do território da América do Sul”, diz o professor. A manobra da “Dama de Ferro” deu certo. A sua atitude foi muito bem vista pela opinião pública britânica e ela acabou ganhando as eleições.
Além dessas questões, o professor Samuel comenta que os vestibulandos precisam saber os motivos pela disputa das Ilhas Malvinas. “Existe a questão do orgulho nacional, nenhum dos países quer abrir mão da região. Afora isso, hoje se sabe que o arquipélago é rico em petróleo (os ingleses dizem ter encontrado uma reserva de cerca de 8,3 bilhões de barris de petróleo nas ilhas), então claro que também há interesse econômico na questão”, diz.
Fonte: Guia do estudante

sábado, 25 de fevereiro de 2012

As dez carreiras mais promissoras até 2020

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos fez uma projeção de empregos para os próximos oito anos e listou as carreiras que mais vão contratar até 2020. O estudo foi feito com base nos dados norte-americanos e é válido para os Estados Unidos, mas a lista também pode ser uma indicação do que vai acontecer no Brasil e no mundo nos próximos anos.

Entre as 10 profissões mais promissoras, o destaque vai para a aquelas ligadas à área da Saúde. Isso pode ser constatado por conta do envelhecimento da população e, consequentemente, o aumento da expectativa de vida, o que faz valorizar este tipo de profissional.

Confira a seguir as dez carreiras mais promissoras:
1. Engenheiro biomédico

2. Coordenador de Eventos

3. Radiologista

4. Intérprete e tradutor

5. Analista de pesquisas de mercado e especialista em marketing

6. Terapeuta familiar

7. Fisioterapeuta

8. Dentista

9. Fonoaudiólogo especializado em audiologia

10. Educadores em saúde e qualidade de vida

Fonte: Guia do estudante

Organize o seu horário de estudo

Baixe a tabela de horários do site Guia do estudante para você organizar o seu horário e aproveitar melhor o tempo para o vestibular.
Fonte: Guia dos estudantes

USP é universidade que mais forma doutores no mundo



A Universidade de São Paulo (USP) é a universidade que mais forma doutores hoje no mundo.
A constatação é do Ranking Acadêmico de Universidades do Mundo (ARWU, na sigla em inglês) por indicadores, elaborado pelo Centro de Universidades de Classe Mundial (CWCU) e pelo Instituto de Educação Superior da Universidade Jiao Tong, em Xangai, na China. O levantamento aponta a universidade paulista como a primeira colocada em número de doutorados defendidos entre 682 instituições globais.
O ranking também indica a USP como a terceira colocada em verba anual para pesquisa, entre 637 universidades, além de a quinta em número de artigos científicos publicados, entre 1.181 instituições em todo o mundo, e a 21ª em porcentagem de professores com doutorado em um universo de 286 universidades.
Na avaliação de Vahan Agopyan, pró-reitor de Pós-Graduação da USP e membro do Conselho Superior da Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado de São Paulo (FAPESP), a liderança mundial na formação de doutores, apontada pelo levantamento global, deve-se à tradição da pós-graduação da USP no Brasil.
“Nas décadas de 1970 e 1980, praticamente metade dos doutorados no Brasil eram realizados na USP, e hoje mais de 20% dos pós-graduandos no país também obtém o título de doutor aqui. Isso permitiu que a universidade se tornasse um grande centro mundial de pós-graduação, agora confirmado por esse ranking internacional”, disse Agopyan à Agência FAPESP.
Contudo, nos últimos dez anos tem diminuído o número de mestrandos e de doutorandos na USP. Em 2011, pela primeira vez o número de doutorandos na universidade, que celebrou em agosto a concessão de 100 mil títulos de pós-graduação, foi maior que o de mestrandos.
“É um reflexo do aumento no número de programas de mestrado oferecidos em todo o país. Em função disso, os pós-graduandos estão preferindo realizar mestrado em sua própria região e procuram a USP para fazer doutorado ou alguma outra atividade mais especial”, avaliou Agopyan.
Por outro lado, o número de estudantes de pós-graduação da USP tem se mantido estável nos últimos anos. Atualmente, a universidade conta com cerca de 23 mil alunos de pós-graduação stricto-sensu e titulou 2.192 doutores e 3.376 mestres em 2011 – números que oscilaram pouco nos últimos 15 anos.
“Nós já somos grandes e estamos trabalhando no máximo da nossa capacidade há vários anos. Cada um dos nossos docentes tem, em média, mais de cinco orientandos, que é um número elevadíssimo”, afirmou Agopyan.
Segundo o pró-reitor, esse fenômeno também é comum às principais universidades no mundo, como as norte-americanas, europeias e chinesas listadas no ranking, cujo número de pós-graduandos também está bastante estável e seus programas de pós-graduação operam no limite de suas capacidades.
Um dos fatores atribuídos por Agopyan para a USP continuar liderando a formação de doutores é a atuação da universidade em todas as áreas do conhecimento, sendo que as universidades no exterior normalmente têm algumas áreas de especialidade. “Somos uma instituição pluridisciplinar”, destacou.
Na avaliação de Agopyan, o desafio agora é ser não apenas a maior, mas a melhor em formação de doutores no mundo. Para isso, a USP tem buscado padrões internacionais de qualidade, por meio da promoção da mobilidade de seus docentes e alunos para outros países, da avaliação e do apoio aos seus programas de pós-graduação. “Não queremos apenas quantidade, mas sim qualidade”, afirmou.
A FAPESP desembolsou R$ 277,3 milhões em 2010 com Bolsas no país, dentro de seu Programa de Bolsas. Desse total, por vínculo institucional do pesquisador responsável pelo projeto ou do bolsista, a USP recebeu R$ 132,7 milhões (ou 47,87%). Em 2010, a FAPESP concedeu 1.362 bolsas de Doutorado e Doutorado Direto.

Fonte: Carta Capital

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Israel não atacará o Irã





Há meses o ataque de Israel contra o Irã é tido como iminente. Na quarta-feira, o vice-ministro russo do Exterior Gennady Gatilov mandou o seguinte recado para Israel: “É claro que qualquer possível cenário militar contra o Irã será uma catástrofe para a região e para o sistema de relações internacionais”.
Em grande parte, a certeza desse ataque israelense vem dos Estados Unidos, visto que candidatos republicanos nas primárias à presidência querem ganhar votos com ameaças contra o Irã.
E, de fato, considerável parte do eleitorado estadunidense, maniqueísta até as orelhas, se entusiasma com o combate contra um inimigo nuclear.
O discurso belicista nos EUA ganha força com o lobby judeu em Washington, que aposta no apoio de Barack Obama (afinal, o lobby judeu contribuiu, e muito, para sua vitória). Diários sequiosos por mais essa guerra, como o Wall Street Journal do senhor Rupert Murdoch, também são favoráveis a uma intervenção.
No entanto, Israel não atacará o Irã. De saída, Washington não pretende unir forças com Israel no caso de um conflito com Teerã. E, segundo uma reportagem do New York Times publicada no fim de semana, Israel não tem capacidade militar para atacar o Irã.
Em Washington o consenso é este: diplomacia para evitar um confronto com repercussões graves mundo afora. O general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior, disse para a rede de tevê CNN que uma guerra conta o Irã seria “desestabilizadora e não realizaria os objetivos de longo prazo de Israel”.
Leon Panetta, Secretário da Defesa, concordou que seria um erro tanto para Israel quanto para os EUA. Por sua vez, Tom Donilon, conselheiro de Segurança Nacional, voltou para a capital dos EUA na segunda após ter estado com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Certamente Donilon disse a Netanyahu que Washington não quer uma guerra contra o Irã.
Dempsey, Panetta e Donilon aconselham uma saída diplomática. E Teerã, é claro, também. Suas ameaças são apenas uma reação àquelas dos israelenses e norte-americanos. Teerã disse estar pronta para novas negociações, inclusive com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
De volta de Teerã na quarta, Herman Nackaerts, da AIEA, disse que as negociações não foram conclusivas. No entanto, “o espírito foi construtivo”.
Claro, o Irã não quer sair de negociações de mãos vazias. Terá de ter, por exemplo, o direito de enriquecer urânio. É o mínimo.

Fonte: Carta Capital

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

ProUni abre inscrições para vagas remanescentes

Estão abertas a partir desta quarta-feira, 22, e até sexta-feira, 24, as inscrições para os interessados nas vagas remanescentes do ProUni. Elas podem ser feitas no site http://prounialuno.mec.gov.br/. O candidato precisa ter em mãos seu número de CPF e o número de inscrição e senha do Enem 2011.
Ao fim deste prazo, serão feitas duas convocações. A primeira, a partir de 27 de fevereiro, com prazo para comprovação de documentos e matrícula dos dias 28 a 2 de março. A segunda, em 9 de março, com prazo de 12 a 15 de março.
Neste processo seletivo foram oferecidass 195.030 bolsas – 98.728 integrais e 96.302 parciais, de 50% da mensalidade – em 1.321 instituições de ensino superior particulares, entre universidades, centros universitários e faculdades.
Ao final de seis dias de inscrições, o programa registrou 1.208.398 candidatos. O número superou o de inscritos em 2011 - 1.048.631, até então a maior marca. Cada estudante teve o direito de fazer duas opções de cursos. Dessa forma, o número de inscrições chegou a 2.323.546. Criado em 2005, o ProUni já concedeu 919 mil bolsas de estudos em cursos de graduação e sequenciais de formação específica.

Fonte: Jornal Estadão

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Brasil doa recursos a países africanos para compra de alimentos

BRASÍLIA - O Brasil doará US$ 2,375 milhões para que cinco países africanos – a Etiópia, o Malawi, Moçambique, o Níger e Senegal – comprem alimentos produzidos na própria região, informou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O valor será investido em uma ação conjunta da FAO e do Programa Alimentar Mundial (PAM), também da ONU, definida em acordo assinado nesta terça-feira (21) em Roma.
Além de financiar o projeto, o Brasil deverá dividir com os parceiros a experiência do seu Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar, baseado na compra da produção de pequenos agricultores e distribuição a famílias carentes.
Pelo acordo, a FAO receberá US$ 1,55 milhão do aporte brasileiro para apoiar os agricultores africanos por meio da distribuição de sementes e fertilizantes. Os restantes US$ 800 mil serão repassados ao PAM, que deverá organizar as compras e a distribuição de alimentos a escolas e grupos mais vulneráveis.
O acordo foi assinado pelo representante permanente do Brasil na FAO, Antonino Marques Porto e Santos; pelo diretor assistente do Departamento de Cooperação Técnica da FAO, Laurent Thomas; e pelo diretor adjunto do PAM, Amir Abdulla.
O Programa Alimentar Mundial já compra compra alimentos produzidos regionalmente para seus programas e está executando um piloto chamado Compra para o Progresso (P4P), com o objetivo de encontrar formas de adquirir mais diretamente de pequenos produtores. O financiamento e a experiência brasileira com o programa de aquisição de alimentos dará novo impulso às compras de agricultores locais para a alimentação escolar.
O projeto foi concebido para fortalecer os mercados locais, ajudando a melhorar a segurança alimentar e evitando futuras crises no setor.

Fonte: JC online

A última oportunidade de São Paulo se humanizar

Nos próximos meses, São Paulo terá a oportunidade de discutir a última grande oportunidade de se tornar numa metrópole habitável. Trata-se do projeto Operações Urbanas, no qual estão envolvidos, além da prefeitura, as principais associações profissionais e Organizações Não Governamentais (ONGs) que trabalham o tema das cidades.
O projeto visa reurbanizar cinco áreas imensas, as últimas que restam na cidade.
Somando, são 40 milhões de m2 em plena cidade, para serem recicladas com conceito de nova cidade, convivendo comércio, serviço e habitação no mesmo lugar, com qualidade para pedestres, ciclistas.
Se mantido o padrão atual de urbanização – deixando por conta do mercado imobiliário, sem nenhuma espécie de regramento – repetir-se-ão os mesmos erros históricos da cidade: espaço apenas para classes de maior renda e para o comércio, expulsando para longe toda a mão de obra empregada na região – seja no comércio, nos prédios ou nas residências.
Se bem planejado, poderá se constituir em um novo modelo civilizatório para as grandes metrópoles brasileiras.
Do lado da prefeitura, o responsável pelo projeto é Miguel Bucalem, Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e um dos muitos politécnicos que o prefeito Gilberto Kassab trouxe para a prefeitura.
Em São Paulo existe escassez de terrenos. Há a necessidade de produtos imobiliários para a cidade crescer. Mas a cidade tem reservas estratégicas, especialmente em torno de ferrovias.
O papel da prefeitura será, então, coordenar grupos de discussão que consubstanciem o projeto final.
Duas das maiores áreas estão nas margens da ferrovia.
Uma delas é a que se estende da Lapa ao Braz, sendo atendida pelas linhas 7 e 8 da CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos). De um lado da linha, há áreas bem ocupadas, como Pompéia e Perdizes. Entre a Marginal Tietê e a ferrovia, áreas subutilizadas, com padrão de ocupação industrial e densidade de 20 habitantes por hectare – contra 60 na Lapa, podendo ir a 200.
A solução proposta será enterrar a ferrovia de superfície abrindo espaço para a revitalização da área.
A outra área será da Mooca até a fronteira com São Caetano, região de industrialização antiga ocupada por galpões industriais, muitos dos quais inativos.
A ideia será revitalizar vários córregos, abrir e criar corredores ambientais resolvendo problemas de drenagem, criando novas áreas verdes.
Outro grande desafio será o projeto da Nova Luz. Pela concepção inicial da gestão Serra, criavam-se facilidades para investimentos imobiliários – inclusive direito do vencedor da licitação em desapropriar – sem nenhum plano urbanístico que regrasse a ocupação.
Agora, a Nova Luz terá definições que obrigarão os vencedores a mexer o mínimo possível com quem já está instalado e a providenciar moradias de interesse social, como contrapartida às moradias de médio e alto luxo que forem levantar.
Independentemente das intenções anunciadas, o importante será o acompanhamento estreito da população das decisões a serem tomadas.

Fonte: Carta Capital

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Brasil: Telefonia móvel é a mais cara entre os BRICs

Em um relatório elaborado pela ONU, sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) para o avanço do setor privado, o Brasil aparece como um dos países em desenvolvimento em que o preço da ligação de celular é o mais caro. A diferença no valor pago pelos brasileiros pelo minuto em planos pré-pagos pode ser a té dez vezes superior.
Entre outras análises sobre o uso de TIC’s no mundo, o estudo Economia da Informaçãocompara os preços praticados no Brasil em 2010 com China, Rússia e Índia. O preço médio pago por um minuto de ligação dos brasileiros foi de 0,11 dólares, enquanto para um chinês, russo ou indiano, o valor não ultrapassa os 0,05 dólares. Na Índia esse valor é 0,01 dólar.
Para chegar ao preço médio por minuto, o estudo combina a receita média usada pelos usuários com esses serviços e os minutos consumidos.
O estudo também revela dados sobre o mercado de trabalho nas TIC’s. A Finlândia é o país com a maior parcela de atividades econômicas domésticas relacionadas à tecnologia da informação e comunicação, com quase um décimo da força de trabalho de negócios não-agrícolas empregadas no setor.
De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), responsável pela pesquisa, essas tecnologias ainda são muito prematuras em muitas economias em desenvolvimento. A falta de dados mais abrangentes, por exemplo, é vista como uma consequência do fosso digital.

Fonte: Carta Capita

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Fora, imigrantes



A crise econômica na Europa vitimou os partidos de centro-esquerda na Espanha e em Portugal em menos de um mês. Na França, governada há quase quatro anos por um presidente conservador, o destino parecia ser diferente até que o favorito na disputa, Dominique Strauss-Kahn, se envolveu num escândalo sexual e abandonou a corrida antes mesmo de seu início.
Foi a deixa para que a candidatura de Marine Le Pen, da Frente Nacional, ganhasse corpo em cima de um discurso afinado com as mais conservadoras disposições genéticas. Marine, de 42 anos, é filha de Jean-Marie Le Pen, folclórico e eterno candidato ultradireitista da França que, a cada ano eleitoral, dá voz à clássica verborragia de quem vê na imigração o centro de todos os males de um só país.
Desta vez, é Marine quem foi escalada para a disputa. Em sua estreia, assumiu um discurso que faria orgulho ao progenitor: não podemos mais “importar desempregados” (leia-se imigrantes); os países árabes começaram a revolução, e agora que os acolham; o projeto europeu terminou; não podemos bancar a crise dos países vizinhos: eles que abandonem o euro; acordos de livre-comércio com a América do Sul matariam a agricultura na França.
No rescaldo da crise financeira mundial, que parece ter despertado os instintos mais primitivos dos eleitores mais vulneráveis ao discurso do medo, a candidata virou sensação – e já ameaça fazer estrago na campanha presidencial. Para isso, no entanto, terá que provar que o discurso beirando o racismo e a anti-globalização tem algum pé na realidade.
De acordo com duas sociólogas ouvidas por CartaCapital, o discurso de Le Pen possuem uma aparência lógica, mas é construído com base em manipulação dos fatos reais. A socióloga Marijane Lisboa, do Instituto de Relações Internacionais da PUC-SP, lembra, por exemplo, que o fluxo imigratório em direção à França não é hoje maior do que tempos atrás. A construção do discurso de Len Pen, no entanto, tem o objetivo político de amplificar a sensação de insegurança dos eleitores. “É muito mais cômodo culpar o outro do que assumir alguma responsabilidade em relação à situação que estão passando”, avalia. “Quando as situações vão mal do ponto de vista econômico, a sociedade costuma por culpa nos inocentes”, diz.
Na mesma linha, a também socióloga Dulce Baptista diz acreditar que, mais uma vez, os imigrantes estão sendo usados como bodes expiatórios pela direita francesa. Com isso, fica ofuscada o verdadeiro contexto histórico, no qual, quando têm interesse, os países europeus abrem suas fronteiras para receber mão de obra barata mas, a partir do momento em que os custos gerados por essa população aumentam e os benefícios diminuem, passam a tomar medidas para conter a imigração.
As duas especialistas destacam que a União Européia é, muitas vezes, a responsável pelo grande número de refugiados existentes no continente. “Quem é que está bombardeando a Líbia?”, questiona Dulce, referindo-se aos ataques da Otan ao país do ditador Muammar Gaddafi. “O discurso é livrar um país de um ditador. Então tem que abrigar os refugiados,” afirma.
A própria ONU, através da Agência para Refugiados (ACNUR), recomenda que a comunidade internacional, com destaque para vizinhos e União Européia, ofereça abrigo para refugiados líbios.
Marijane Lisboa lembra também que Gaddafi tinha relações com os governos de Berlusconi e Sarkozy antes da guerra atual. Segundo ela, fazia parte do acordo com o ditador que ele mantivesse refugiados em seu país e que, depois do início dos ataques, como parte da retaliação, o líder líbio tem deixado os fugitivos escaparem para a Itália.
“A Europa é um continente de colonizadores”, lembra Dulce Baptista, lembrado que desde o século XVI os países europeus dominaram, invadiram e se apropriaram de recursos de outros povos. Marijane Lisboa destaca que esse processo é decisivo para entender os fluxos migratórios que ocorrem hoje, sobretudo em relação à imigração africana. “A conquista da Argélia foi uma das mais violentas que se tem na historia”, lembra Lisboa.
As especialistas lembram que, além de interromper o processo de desenvolvimento desses países e de retirar todas suas riquezas, durante a colonização os europeus incutiram a ideia de que todos eles (colonizadores e colonizados) pertenciam à mesma cultura. Por mais que se tratasse de um discurso demagógico, as colônias falavam a mesma língua que as metrópoles. Ao deixarem seus países de origem, destruídos economicamente pela própria ação da globalização, essas pessoas optaram naturalmente por locais ricos, com mais oportunidades e que possuíam a mesma língua e cultura.
“A história os uniu economicamente, culturalmente e politicamente”, afirma Lisboa
Fonte: Carta Capital

Jean-Marie Le Pen condenado a três meses de prisão

PARIS (AFP) – O Tribunal de Apelação de Paris condenou nesta quinta-feira 16 a três meses de prisão com suspensão condicional da pena e 10 mil euros de multa o ex-líder da extrema-direita, Jean-Marie Le Pen, por ter declarado que a ocupação alemã na França durante a Segunda Guerra Mundial “não foi particularmente desumana”.
Esta pena por “contestação de crimes contra a Humanidade” é uma confirmação da que foi pronunciada pelo Tribunal Penal de Paris em 2008.
O fundador e presidente de honra do partido Frente Nacional e seu advogado estavam ausentes no momento da decisão.
No dia 8 de fevereiro de 2008, o Tribunal Penal de Paris considerou Le Pen culpado de “apologia a crimes de guerra” e “contestação de crime contra a Humanidade”, após uma declaração sua publicada em janeiro de 2005 na revista de extrema direita Rivarol.
Le Pen tinha declarado: “Na França, pelo menos, a ocupação alemã não foi particularmente desumana, mesmo acontecendo erros, inevitáveis em um país de 550 mil km quadrados.”
Várias vezes candidato à presidência, Le Pen, de 83 anos, é atualmente eurodeputado. Ele passou a liderança de seu partido, em janeiro de 2011, para sua filha Marine, que é candidata à presidência na eleição de abril-maio de 2012.

Fonte: Carta Capital

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Aumento de renda das famílias muito pobres indica saída de programas assistenciais

Brasília – A redução das concessões de benefícios assistenciais provocou a queda das estimativas do governo com esse tipo de gasto, disse há pouco a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Segundo ela, isso pode ser um indício de que as famílias beneficiadas por programas sociais estão começando a deixar de receber os benefícios por causa do aumento da renda.
“Esse processo ainda está sendo avaliado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, mas indica que pode ser fruto do número maior de famílias saindo da extrema pobreza”, disse a ministra. Para Belchior, esse processo beneficia as famílias com renda de até um quarto do salário mínimo, idosos e pessoas com deficiência.
Na divulgação da reprogramação do Orçamento Geral da União de 2012, o governo reduziu de R$ 29,9 bilhões para R$ 28,4 bilhões a projeção de gastos com benefícios assistenciais. A diminuição da estimativa ajudou o governo a estimar a redução de R$ 20,5 bilhões nas despesas orçamentárias obrigatórias.
O principal fator que ajudou na revisão dos gastos obrigatórios foi a redução de R$ 7,7 bilhões na projeção dos gastos com Previdência Social, de R$ 316,1 bilhões para R$ 308,4 bilhões. De acordo com a ministra do Planejamento, diversos fatores contribuíram para a revisão desses gastos. A previsão de crescimento vegetativo na concessão de aposentadorias em 2012 foi reduzida de 3,2% para 3,1%. Além disso, o governo diminuiu a previsão de impacto dos reajustes dos benefícios, tanto os atrelados ao salário mínimo como os superiores ao mínimo. “O salário mínimo incide apenas sobre 40% da folha previdenciária, o que permitiu reestimar esse valor”, disse.
Essas revisões nas despesas, ressaltou a ministra, permitiram que a equipe econômica mantivesse em 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) a estimativa de déficit da Previdência Social. Apesar da revisão para baixo nas projeções das despesas previdenciárias, a ministra ressaltou que o déficit da Previdência continuará a aumentar. Em valores absolutos, subirá de R$ 35,546 bilhões em 2010 para R$ 39,106 bilhões em 2011.
O governo reduziu ainda em R$ 5,1 bilhões a previsão com despesas de subsídios. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o valor havia sido superestimado na lei final aprovada pelo Congresso. “A média histórica da concessão de subsídios nos últimos anos tem girado em torno de R$ 5 bilhões”, justificou. Segundo ele, a redução dos subsídios concedidos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também contribuiu para a reestimativa.
*Matéria originalmente publicada em Agência Brasil


Fonte: Carta Capital

Vídeo Conceitos básicos da Geografia

Acesse o vídeo debatido na aula de Geografia.
Link:http://www.youtube.com/watch?v=9EiM0JePxro

Bons estudos!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Sean Penn critica ‘colonialismo’ britânico nas Malvinas

BUENOS AIRES (AFP) – O ator americano Sean Penn criticou nesta segunda-feira 13 em Buenos Aires os enfoques “ridiculamente arcaicos” que apostam na continuidade do colonialismo, ao fazer alusão à Grã-Bretanha em sua disputa de soberania com a Argentina pelas Malvinas, depois de 30 anos de guerra nas ilhas.
“O foco deve ser a continuação das negociações e o diálogo entre o Reino Unido e a Argentina e, obviamente, o mundo não pode tolerar enfoques ridiculamente arcaicos que apostem na continuidade do colonialismo”, disse Penn na Casa Rosada depois de se reunir com a presidente Cristina Kirchner.
Em uma breve declaração à imprensa, na companhia do chanceler Héctor Timerman, o ator, que chegou a Buenos Aires por causa de sua missão humanitária no Haiti, disse que “o compromisso tem que continuar sendo manter as negociações para encontrar uma saída” para a disputa de soberania pelas Malvinas, sob controle britânico desde 1833.
Penn, ganhador de Oscars pelos filmes “Mystic River” e “Milk”, é co-fundador da ONG JP/HRO de ajuda às vítimas do terremoto que devastou o Haiti em 2010.
Em meio a uma escalada de acusações entre os dois países, a Argentina denunciou na semana passada na ONU uma “militarização” do Atlântico sul, depois que o Reino Unido enviou à região um moderno destroier.
O dia 2 de abril de 2012 marca os 30 anos da guerra que deixou 649 argentinos e 255 britânicos mortos e que acabou 74 dias depois, com a rendição da nação sul-americana, então governada por uma ditadura militar.

Fonte: Carta Capital

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Metade dos jovens de 14 anos já superou escolaridade de suas mães

Mais da metade (51,45%) dos adolescentes de 14 anos do país já têm escolaridade superior à de suas mães. Entre os jovens dessa faixa etária, 71% cursam os três últimos anos do ensino fundamental e 9,5% estudam no ensino médio. Os dados indicam uma baixa escolaridade das mães de alunos dessa faixa etária que apresentam, em média, 7,32 anos.
O levantamento foi feito pelo programa Todos pela Educação e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números indicam que a atual geração de crianças e jovens está superando a trajetória escolar de seus pais, mas também confirmam a baixa escolaridade de boa parte da população adulta.
“Nós temos muitos pais e mães que são muito jovens e eles já são fruto dessa inclusão recente que o país promoveu. A melhoria ainda é lenta, mas o fato é que quanto mais avançado é o ano em que a criança nasceu, maior é a chance que ela tem de completar o ensino médio”, explica a diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz.
O aumento dos anos de estudo gera um movimento positivo que causará impacto nas próximas gerações, diz Priscila. Para ela, a educação é o melhor investimento porque nunca retroage. “É muito difícil você encontrar alguém que admita que o filho tenha uma escolaridade menor do que a sua. Uma mãe que concluiu o ensino médio e um filho que não completou o ensino fundamental, por exemplo. São casos raríssimos”, acrescenta.
Os dados compilados pela entidade também apontam a diferença de escolaridade entre famílias de alunos de escolas públicas e privadas. Enquanto, aos 14 anos, 60% dos estudantes da rede pública já atingiram a escolaridade de suas mães, na rede privada o percentual cai para 10%. Isso indica que as mães dos alunos dos estabelecimentos particulares têm escolaridade mais elevada. O mesmo cenário se repete na comparação entre famílias mais pobres e mais ricas.
A diferença entre os anos de estudo de pais e filhos também pode representar um obstáculo no desempenho do aluno. Pais menos escolarizados em geral se sentem despreparados para participar da vida escolar do filho. “Ele se sente acuado, acha que não pode ajudar e se envolver com os estudos do filho. Mas o importante é que a educação seja valorizada pela família, que ele seja um parceiro da escola para garantir que seu filho de fato aprenda”, pondera Priscila.
Entre estudantes negros de 14 anos, o percentual daqueles que estudaram mais do que suas mães é 56,33%, enquanto entre os brancos a taxa é quase 10 pontos percentuais menor. Segundo Priscila, o dado aponta que além do fator renda, há uma diferença de escolaridade entre mães negras e brancas – o primeiro grupo frequentou menos a escola do que o segundo.
A mesma desigualdade se verifica entre as regiões do país: enquanto no Sudeste menos da metade (47%) dos alunos de 14 anos atingiu a escolaridade de suas mães, no Nordeste esse grupo representa 58% da população nessa faixa etária.“A parte mais cruel da educação brasileira é a desigualdade. Em vez de ser um meio de superação, ela acaba reproduzindo e ampliando esse fosso”, avalia a diretora.


Extraído do site da Revista Carta Capital

Link para acessar a reportagem:

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

As cidades e a economia mundial

Com a internacionalização econômica, surgiu um novo arranjo espacial urbano. A orientação do núcleo econômico urbano não é dada pelas atividades manufatureira, mas por um complexo financeiro e de prestação de serviços.
Neste sentido, a implantação de processos e mercados globais, em consonância com o setor internacionalizado da economia expandiu-se profundamente e impôs uma nova dinâmica da valorização da terra e da produção de produtos e serviços.

As cidades passam a ser locais de produção para as principais indústrias que prestam serviços na atualidade, daí decorre o fato, das matrizes das grandes corporações, não estarem necessariamente localizadas nas cidades globais, afinal são complexos de prestações de serviços que atendem estas empresas e que, portanto, necessitam de uma localização em cidades específicas, onde a aglomeração é fundamental, como forma de controle global exercida pelas cidades, expressando estas, o poder das grandes corporações.
Por exemplo, em Toronto, a maior cidade do Canadá, apesar de ter seu distrito financeiro estruturado somente nos anos oitenta, apresenta elevado índice de concentração no setor, inclusive com uma infraestrutura totalmente estruturada e reestruturada para atendê-lo, demonstrando o poder de concentração espacial desempenhado por este setor.
Esse intenso processo de urbanização, realizado sem um tipo de planejamento orientado a partir da participação daqueles que vivem nas cidades, submetido apenas a uma lógica de crescimento desigual e, ao mesmo tempo combinado, inevitavelmente vem acompanhado de projeções que nada alentam em termos imediatos no que se refere às condições de vida para a população.
A saída para as mazelas socioambientais que nos espaços urbanos manifestam-se tão fortemente está vinculada à possibilidade de os diversos setores da sociedade civil construir seu próprio projeto de cidade, que seja inclusiva e ambientalmente justa.
Para tanto, a urbanização deve ser encarada como processo histórico mundial com forte tendência a sua intensificação, o que torna imprescindível o estudo sistemático do objeto urbano, que deve ser apreendido e compreendido, numa perspectiva totalizadora, como requisito para a construção social da utopia de um tipo de cidade/sociedade feliz, humanizada e humanizadora da espécie humana.
Esse objetivo, encarado como possibilidade histórica, pressupõe conhecimento da realidade, experiências de lutas e conquistas resultantes da ação concreta, principalmente daqueles(as) que vivem do trabalho, por dentro da ordem social vigente, através de ações socioespaciais reformadoras que ajudem a compor um leque de ações que consolidem uma determinada estratégia de planejamento de uma cidade para todos.
No caso brasileiro, enfrentamos, nos mais diversos municípios do país, os problemas imanentes às cidades capitalistas, agravados por um padrão intrínseco de sua acumulação. Se por um lado não se pode cair no “administrativismo”, por outro, precisa constituir-se um espaço da sociedade civil de planejamento e execução de soluções aos seus problemas concretos imediatos ou estratégicos.
Neste ponto, ao assumir a possibilidade da transformação estrutural como um momento que pressupõe um processo certamente longo de acúmulo de forças, há de se pensar, nessa perspectiva, um programa de caráter democrático no qual a dimensão urbana seja posta na medida de sua importância estratégica.
A cidade é a janela entreaberta por onde se pode vislumbrar o futuro. Ela manifesta uma contradição fundamental, ao mesmo tempo em que enseja a acumulação ampliada de capital, é, também, o local de lutas e conquistas imprescindíveis para a superação de seus antagonismos sociais.

Escrito por Paulo Daniel e extraído da Revista Carta Capital


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

GANHE UM LIVRO DE GEOGRAFIA

Para ganhar um LIVRO de GEOGRAFIA é só responder as questões abaixo:

1º Qual o objeto de estudo da Geografia?

2º O que o autor quer dizer com essa citação?
"[...] O que há, na verdade, é uma geografia do homem, que podemos subdividir em geografia física e humana." Extraído do livro Metamorfose do Espaço habitado de Milton Santos (Citação também encontra-se na ficha 1 de Geografia)


Regras para a sua participação:
a) Ser matriculado no Conexão.
b) Responder as duas questões (a resposta de uma única questão será desconsiderado).
c) As respostas devem ser baseadas na explicação da aula ou extraidas de livros, revistas, internet ou outro meio de informação desde que sejam citadas de onde foi extraída.
d) As respostas devem constar no espaço destinado ao comentário dessa postagem. Junto a resposta, deve constar seu nome completo e seu número de matrícula no Conexão.
e) Na questão dois (2º) não será validade a resposta que for copiada de um colega, sendo aceito o primeiro comentário postado no blog.
f) Exercício válido até dia 17-02 às 12h. (Depois desse prazo o aluno não irá concorrer ao livro)


O melhor comentário será escolhido pelo Professor Hugo Morais e divulgado na aula do dia 28-02.

Boa sorte e boa pesquisa!